28/06
Dia mais louco que tivemos em toda essa viagem.
Colocamos os celulares para despertar às 07h.
Mas fomos adiando, adiando, adiando... Que só acordamos mesmo às 8h, sendo que o guia para o tour ao Cerro Toco chegaria para nos buscar às 8:30.
Nos trocamos rapidamente, arrumamos o que ainda faltava fora das mochilas e fomos tomar café da manhã.
Pegamos 2 pães do café da manhã para levarmos ao tour, pegamos as mochilas para colocar no guarda-volumes do hostal (decidimos que este seria nosso último dia em San Pedro e, então, teríamos que fazer o check-out às 11h, mas como não estaríamos lá à essa hora já desocupamos o quarto) e pontualmente às 8:30 o guia Cristian da Volcano Expediciones já estava lá na porta do hostal para nos buscar.
No mesmo carro que nós, havia um casal de alemães. Meio calados descobrimos que o cara viveu 9 meses em São Paulo.
O caminho para o Cerro é lindo!!!
Passamos pelo Altiplano chileno e por uma porção de vulcões adormecidos.
Em uma subida constante, em 1 hora de estrada já estávamos à 4600 m de altura e próximos à fronteira com a Bolivia. Foi quando paramos para fazer um lanchinho rápido: um lugar lindo escolhido pelo guia no meio do nada com vista para 3 vulcões da região.
Uma conversa rápida com o casal e com o guia (simpatissíssimo, o Kalleo não parou de conversar com ele no caminho) e já subimos para o Cerro Toco.
Caminho íngreme porém em uma estrada bastante explorada!
25 minutos de subida paramos o carro e começamos a trilha: à 5000m de altura, subiriamos à 5600m (maior altitude já enfrentada tanto pelo Helder quanto pelo Kalleo - lembrando que São Paulo está em uma altitude de 800 m. Baita diferença pros pobres paulistanos hahaha).
Desde o início da trilha já havia um certo desconforto por conta da altitude e quanto mais se subia pior ficava o caminho: primeiro pela neve ora fofa, ora escorregadia, segundo pela subida íngrime do cerro e terceiro pelo vento cortante que soprava mais forte à medida que subíamos.
Cristian sempre nos ensinando a melhor maneira de realizar o percurso, se mostrou um excelente guia!!
Com 1h15 de subida, Kalleo e Helder decidiram parar!
Sim, desistimos!
Mãos congelando mesmo de luvas (sinal que o corpo não está reagindo bem à altitude - as mãos do Kalleo estavam roxas mesmo com luvas), nariz sangrando (vento seco), coração acelerado, cabeça explodindo e náusea aparecendo.
Já estávamos cogitando desistir uns 30 minutos antes, mas queríamos continuar e resistimos. Entretanto, chegamos ao consenso de que não valia a pena arriscar nossas vidas com tal façanha. O guia, muito paciente desde o início, disse que seria o melhor a se fazer, afinal não estamos ambientados a uma altura tão elevada e não somos super atletas.
Ele então continuaria até o topo com os alemães e nós desceriamos até o carro sem eles.
Ele nos deu a chave do carro e o rádio transmissor para eventualidades.
Eles continuaram.
Nós nos sentamos um pouco por ali, tiramos algumas fotos mas começou a ficar tão frio que o celular do Kalleo parou de funcionar e o Cristian nos avisou via rádio que a partir daquela hora ficaria ainda mais frio por conta dos ventos que ficariam mais fortes e que deveriamos descer o mais rápido possível.
Com muita dificuldade, bem devagar, descemos!
(Várias coisas deixaram esse percurso ainda mais emocionante: Kalleo deixou seu bastão de escalada rolar e o Helder foi pegá-lo, pedras deslizavam, neve entrou em nossas botas, neve fofa dificultando a descida, pedras e terra soltas etc).
O que haviamos demorado 1h15 para subir com guia, demoramos 1h para descer desacompanhados.
Sempre comunicávamos o Cristian via rádio.
O que haviamos demorado 1h15 para subir com guia, demoramos 1h para descer desacompanhados.
Sempre comunicávamos o Cristian via rádio.
Quando chegamos no carro quase choramos de emoção.
Kalleo estava passando muito mal!
Não parava de gemer de dor.
Comemos um pão que levamos e esperamos cerca de 1h30 até eles descerem.
Quando Cristian chegou, nos deu um anti-inflamatório que foi a nossa salvação. Em pouco tempo estávamos totalmente revigorados.
Ele nos deixou em nosso hostal, o agradecemos muito pela paciência e nos despedimos.
Fomos ao banheiro e logo corremos para a rodoviária.
No caminho passamos na Volcanes para deixar as botas de trilha lá.
Havíamos pensado ontem "vamos escolher o nosso destino (Iquique - Chile ou Uyuni - Bolivia) em cima da hora: na hora do desespero a gente decide".
Na rodoviária, portanto, não tínhamos tempo para enrolar afinal não tínhamos reserva em mais nenhum hotel em San Pedro e em nenhum lugar.
Na rodoviária, portanto, não tínhamos tempo para enrolar afinal não tínhamos reserva em mais nenhum hotel em San Pedro e em nenhum lugar.
Com preocupação, decidimos ir para Calama mesmo. Eram 17h e como havia ônibus já às 18, corremos para o hostel para dar tempo de pegar esse ônibus (3 mil cada).
O que decidimos?
Ir embora do Chile pois estamos enfrentando dificuldades com o câmbio prejudicado e o dinheiro que trocamos em Santiago com a cotação 185 pesos terminará amanhã, então teríamos que trocar aqui em SPA com a cotação de 160 pesos para cada real. HORRÍVEL!
Logo, o plano era ir para Calama para então lá comprarmos nossas passagens para Uyuni (ônibus saindo de lá às 06h da manhã).
Ir embora do Chile pois estamos enfrentando dificuldades com o câmbio prejudicado e o dinheiro que trocamos em Santiago com a cotação 185 pesos terminará amanhã, então teríamos que trocar aqui em SPA com a cotação de 160 pesos para cada real. HORRÍVEL!
Logo, o plano era ir para Calama para então lá comprarmos nossas passagens para Uyuni (ônibus saindo de lá às 06h da manhã).
Apesar de não termos certeza do que poderiamos ficar fazendo em Calama das 20h às 6 da manhã, estávamos com fé de que tudo daria certo.
No caminho para o hostel, vimos que um transfer para Calama seria 10 mil pesos cada (50 reais)!!!! Absurdo!!
Realmente a melhor opção era o ônibus.
Pegamos nossas mochilas e fomos para a rodoviária.
O ônibus das 18h já estava cheio!
Nos restou o de uma empresa chamada Intertrans às 18:30 pelos mesmos 6 mil para os dois.
O ônibus chegou pontualmente mas... Era microonibus kkkkk ficamos putos, mas faz parte.
Viagem desconfortavel, sem lugar para colocar as mochilas e às 20h chegamos em Calama.
Em Calama não há rodoviária.
Os ônibus param em suas respectivas empresas.
Tínhamos visto no mapa o endereço da Atacama 2000 (empresa para a cidade de Uyuni) e quando estávamos perto, descemos!
Mas... O endereço estava errado!!
Então lá fomos nós atrás da empresa!
Ainda bem que era ali por perto.
Compramos nossas passagens para a cidade de Uyuni por 8 mil cada (a moça da mesma empresa em San Pedro disse que acharíamos por 15 mil cada). E só pra lembrar, as agências em San Pedro que fazem o transfer direto para o Uyuni não cobram menos que 25 mil por pessoa.
Saimos no lucro, mas... Ainda eram 20:30. E agora????????
Fomos procurar hostels.
O mais barato: 8 mil por pessoa.
E olha que visitamos mais de 5, hein!?
Ferrou!!!!
Ferrou!!!!
Como precisamos economizar o máximo possível e ninguém aceitou fazer um preço especial pelas pouquíssimas horas que ficaríamos, negociamos com um hostel para deixarmos nossas mochilas lá por 2 mil pesos (10 reais).
Feito!
Onde vamos passar a noite?
Comemos um prato horrível e pequeno por 6 mil pesos e descobrimos uma balada boa que haveria à meia-noite.
Fomos!
A entrada valeria 10 mil pesos cada (cerca de 50 reais), mas...
Conseguimos entrada VIP!!! :)
Tudo graças a nossa página no Facebook!!!
Chegamos lá e com a maior cara lavada falamos "temos uma página no Facebook que tem 140 mil likes..." e o resto vocês já sabem hahaha
Chegamos lá e com a maior cara lavada falamos "temos uma página no Facebook que tem 140 mil likes..." e o resto vocês já sabem hahaha
Agora estamos aqui curtindo uma balada na faixa enquanto não dá a hora de irmos pegar nosso busão.
Gasto de hoje: 34.000 pesos argentinos (cotação de 185).
Aprox. 184 reais - incluindo passagens de SPA a Calama e de Calama a Uyuni.
Gasto de hoje: 34.000 pesos argentinos (cotação de 185).
Aprox. 184 reais - incluindo passagens de SPA a Calama e de Calama a Uyuni.
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